Um praticante de Kung-Fu (sendo ele já um professor ou não) deve chamar de SI-FU o seu mestre, aquele com quem ele obteve seu aprendizado. Tomando cuidado para não confundir esse título com o de instrutor (SI-HING).
SI-FU é o Professor-Pai do aluno (TO-DAI) o qual ele acompanhou o estudo e a busca pessoal durante anos.
No início do aprendizado, o relacionamento entre o SI-FU e seu discípulo ainda não é muito intenso, mas depois de muito tempo juntos, essa relação de confiança se desenvolve.
Um SIFU ensina as técnicas mais avançadas a um aluno, quando este, prova seu merecimento, através da demonstração de um bom caráter, disciplina, demonstrando que está preparado para absorver esse conhecimento e acreditando no seu SI-FU, tornando-se assim confiável.
À medida que o aluno vai avançando no seu treinamento e passa cada vez mais tempo com seu SI-FU, o relacionamento entre eles será cada vez mais intenso e através disso o SI-FU vai sentir cada vez mais confiança para transmitir mais conhecimento e experiências pessoais. Os problemas resolvidos por SI-FU e TO-DAI serão não apenas sobre técnicas de Kung-Fu. O SI-FU muitas vezes toma realmente a função de um pai, de um amigo e até mesmo de um psicólogo.
Receber a confiança de um aluno é uma responsabilidade. SI-FU não é uma graduação ou um título e sim uma função.
Ninguém se torna SI-FU por necessidade ou por saber golpear melhor, mas apenas quando seu próprio SI-FU assim o nomeia, permitindo-o iniciar sua própria geração. Quando isso acontece, o mestre se torna SI-GUNG (avô do Kung-FU) para os futuros alunos.
Deve estar claro que para se tornar SI-FU, além disso, é preciso em primeiro lugar estar tecnicamente bem preparado. Também é necessário ter uma boa conduta moral, responsabilidade, ética e ter uma árvore genealógica bem definida e clara explicando quem é seu próprio SI-FU para que todos saibam da veracidade de sua nomeação.
Com a exigência de todos esses requisitos, é possível ter uma idéia da qualificação de uma pessoa que se auto-intitula SI-FU por acreditar que essa é uma forma eficiente de marketing e poder assim de alguma forma se manter no topo de algum tipo de “ranking”.
Pessoas que agem dessa maneira não estão qualificadas tecnicamente nem possuem o caráter, a experiência nem a responsabilidade necessários para exercer essa função.
Os alunos que confiam nesses Pseudos-SI-FUS, se perdem no caminho, porque seu próprio líder não conhece a direção correta a seguir. Quem se auto intitula SI-FU não possue experiência suficiente para reconhecer e superar as adversidades e também não poderá acompanhar seus alunos em suas jornadas de aprendizado, porque estará seguindo um caminho egoísta onde pensam apenas em si mesmos e em seus status.
Todos os anos somos empestados por dúzias de novos Pseudos-SI-FUS. Muitos deles têm esses pesadelos a noite onde eles com suas técnicas debilitadas criam um novo estilo esdrúxulo para que lá nesse novo estilo eles possam ser SIFUS de alguma coisa. Outros mudam três ou quatro vezes de mestre e de estilo, buscando o domínio da “arte perfeita”, mas na verdade não conseguem concluir o aprendizado de estilo nenhum e nesse desatino criam uma mistura mal feita e sem integração do escasso conhecimento que adquiriu em cada deles.
Quem procura esse tipo de pessoa como mestre, parece querer ser enganado. Àqueles que tiverem interesse em realmente aprender uma arte marcial com qualidade, é recomendado antes de tudo se informar sobre o profissional responsável por seu futuro aprendizado.
DAI-SI-FU Hans Remmel e SI-FU Andréas Geller trabalharam durante 20 anos dentro do mesmo estilo e com os mesmos mestres onde receberam seus títulos.
A ISMA informa que até o presente momento, nenhum de seus integrantes foi nomeado SI-FU no Brasil.
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